CONVITE
CONVITE
No dia 11 de Dezembro de 2023 foi distribuído com o Jornal “Público”, [Jornal diário de referência em Portugal], o livro “O caso do cadáver esquisito”. Este livro foi uma ideia do ex-jornalista e editor Miguel Calado Lopes que muitos de nós conhecemos e com o qual muitos de nós trabalhámos no Jornal “Expresso”. As aguarelas são do Carlos Matos, professor de desenho, e participante no grupo “Urban Sketchers”. A direcção de arte, design e paginação é minha.
PDF da capa do Livro:
https://drive.google.com/file/d/1z-K41leR5XxI8zYCY8h6PXwn-0qxFa9J/view?usp=share_link
PDF da capa e contracapa do Livro:
https://drive.google.com/file/d/1jFpFrjLZ0wiTkupmdTwKffTnWIj4NptM/view?usp=share_link
PDF do miolo do Livro:
https://drive.google.com/file/d/1M6oPb-L0CesMVcM-7M_vyT-nJPArJSiL/view?usp=share_link
[Excerto]
(…) “Criado em França, no início do século XX, o jogo, [ou método], “Cadavre Exquis” teve origem no movimento surrealista com o objectivo de subverter o discurso literário convencional. Recorrendo à intervenção de vários autores, este método tinha como propósito explorar a imaginação, mas também o irracional e o poético. O seu mecanismo era relativamente simples: um primeiro participante escrevia uma palavra ou expressão num papel e dobrava-o, sem que o jogador/autor seguinte visse o que continha o papel. Esse segundo jogador deveria, porém, dar continuidade à estória, voltar a dobrar o papel e passá-lo ao participante seguinte sem que este visse o que havia sido adicionado e assim sucessivamente. O jogo terá sido levado a cabo pela primeira vez em 1925 e daí terá nascido a frase “cadavre exquis boira le vin noveau", (em português, "cadáver delicioso beberá o vinho novo"), que acabaria por dar nome ao jogo que, ao longo dos anos, foi utilizado como método criativo não só a nível literário, mas também em outras práticas artísticas.
O livro “O Caso do Cadáver Esquisito”, que foi distribuído com o PÚBLICO, teve como ponto de partida este conceito centenário do movimento surrealista francês”.
Ler todo o artigo AQUI:
https://drive.google.com/file/d/1Ghi0pVohLUyFvt_me9YNnE1e5hXozmgX/view?usp=share_link
[Excerto]
(…) “Publiquei então, a 28 de Abril de 2023, na minha página do Facebook um convite aberto a quem gostasse de escrever. Alarguei e adaptei as regras do jogo na esperança de conseguir o maior número de mãos dispostas a dar ao dedo. Escrevi para o efeito a primeira história. Para preservar o possível do espírito original, avisei quem decidisse aceitar o convite que teria de continuar a história que lhe fosse entregue. Cada autor só teria acesso à história anterior e não às antecedentes. O autor número quatro, por exemplo, teria de continuar a história número três, mas não conhecia a número dois e a primeira.
A validade do convite terminou a 20 de Maio. Para minha surpresa e satisfação aceitaram o convite 20 incautos que não sabiam ao que iam nem o que os esperava. Pedi-lhes que se apresentassem a um público leitor que, na maioria dos casos, nem sequer sabia da sua existência. Não lhes pedi uma “mini-bio” profissional, unicamente uma apresentação pessoal e intimista. Foi G. K. Chesterton quem escreveu que “o jornalismo consiste basicamente em dizer que Lord Jones morreu a um conjunto de pessoas que nunca soube que ele estava vivo”.
Foram dados cinco dias a cada autor para escrever a sua história que deveria rondar os 5000 caracteres, cerca de quatro páginas de formato A4. O título da primeira história, e respectiva “mini-bio” do autor, foi publicado no Facebook a 23 de Maio. Cinco dias depois, o processo repetiu-se e por aí fora até ao último autor. Um semáforo desenhado pelo designer Jorge Barbosa ia dando conta do andamento do “cadáver” — verde para quem já tinha escrito, amarelo para quem estava a escrever, vermelho para quem estava à espera. A entrada em cena dos autores foi tirada à sorte, excepção feita para a primeira e a segunda história, da autoria de Alda Rocha. Escolhi a Alda, amiga e antiga companheira das lides jornalísticas, para me ajudar na edição. A sua competência linguística garantiria, como garantiu, uma harmonização estilística.
A 29 de Agosto foi entregue a última de 22 histórias. Dia 1 de Setembro iniciou-se a sua publicação diária em simultâneo no Facebook e na edição online da Fugas. Dia 22 de Setembro, cinco meses depois de ter sido ressuscitado, o “cadáver” deu por cumprido o seu mirabolante papel e regressou à paz dos senhores e senhoras que fizeram dele o que muito bem lhes apeteceu. Foi rapaz e rapariga, velho e velha, noiva eterna, santo e pecador, fantasma e assassino, fugitivo e perseguidor, detective dado a desmaios e sacristão bebedolas, sereia e curandeiro. Andou a pé, de comboio, de avião, de táxi, de jangada e por baixo de água. Esteve no cabo Sardão, no Hawai, no Vaticano, em Lisboa, Londres, Beijo das Almas, Mértola, Açores, Holanda, Angola, Charlotte (EUA), Roma, Brasil e até ouviu o Pavarotti a cantar. Um eu sei lá quê de andanças e mudanças, trambolhões literários, empurrado de um lado para o outro por caminhos nunca dantes imaginados”.
Miguel Calado Lopes
Ler toda a introdução AQUI:
https://docs.google.com/document/d/1IiRt2iypYxuqqslqlv_JFGnMpcE7rjPT/edit?usp=sharing&ouid=104647914789396780599&rtpof=true&sd=true
O que eu proponho é fazermos um novo jogo / desafio, utilizando o mesmo método, mas agora com fotografias legendadas.
Qual o objetivo? Ter o prazer de juntar num único projecto, pessoas ligadas à fotografia, profissionais ou apaixonados por esta arte de que tanto gostamos.
Como alguns sabem, durante a minha vida profissional no “Expresso”, no “Público”, e na revista “Courrier Internacional“, trabalhei directamente, e com muito prazer, com dezenas de fotógrafos, que eu muito admiro. Foram só trinta e três anos, coisa pouca! Continuo em contacto com muitos, e a conhecer outros em eventos ligados a este maravilhoso mundo. Não paro de juntar nomes à minha lista! Quero muito contactar com todos, sem excepções, e organizar este projecto que pode resultar num encontro de ideias magníficas, e num objecto precioso para a memória futura.
O que me move? O carinho pela fotografia, o contacto com muitos fotógrafos com quem trabalhei, e outros que puderão vir por arrasto.
Em primeiro lugar é preciso responder a este convite a confirmar a boa recepção e o interesse em participar nesta aventura.
Depois de todos os convites enviados e a lista de participantes ficar estabilizada, farei um sorteio para determinar a ordem de entrada em cena de cada um.
Eu, como vou ser o autor da fotografia 01, envio-a ao autor 02 da lista, com a respectiva legenda.
O autor 02 vai ter uma semana, de Segunda-feira a Domingo para me enviar a sua fotografia e legenda - eu envio a 02 ao autor 03, e assim sucessivamente!
No meu Facebook e no Instagram que vai ser criado para este projecto, vai sendo publicado um “Semáforo” informativo do andamento do “cadáver”.
No final, com a entrega da fotografia e legenda do último autor da lista, começarei a publicar no Facebook e Instagram as fotografias - com as respectivas legendas e uma mini-biografia, - uma por dia.
Tal como aconteceu com o Miguel Calado Lopes, neste momento, para além de mim, que me proponho organizar este “cadáver fotográfico”, não existe mais ninguém envolvido. Não há organizações, empresas, associações, galerias, ou órgãos de comunicação social envolvidos. O futuro dirá se vão aparecer, ou se faz sentido. Logo se verá, e será uma decisão de todos.
O participante deve ter sempre em mente, o facto de esta iniciativa ser um jogo / divertimento, sem outro objetivo para além disso. Não existe nenhum objectivo financeiro ou de lucro.
A fotografia deve ter uma legenda de enquadramento / explicativa, em que se perceba nitidamente a continuação da história. Esta legenda deve ter um pequeno título. Atenção, é uma legenda, não um texto longo. (Mais ou menos 600 caracteres com espaços).
Em princípio vai existir um limite de participantes, 52, para corresponder a 52 semanas e um ano de trabalho. Depois de todas as respostas ao convite serem recebidas se decidirá se faz sentido prolongar para além de um ano. Se 104 “incautos cadavéricos“ aceitarem este convite, faremos duas histórias paralelas de 52 participantes cada uma. Isso será o ideal!
As fotografias podem ser a cores ou a preto e branco. Não existe imposição de formato para respeitar. Não serão aceites imagens criadas com a ajuda da Inteligência Artificial, (AI).
As fotografias devem ser originais e produzidas para este projecto. No entanto, se um autor já tiver por um acaso, uma fotografia que encaixe perfeitamente na narrativa, isto não será obviamente um problema!
Os participantes não podem, em nenhuma circunstância, divulgar o seu trabalho ou o trabalho do autor anterior que recebem, até tudo terminar. Isso obviamente comprometeria o espírito do jogo e poria em causa o nível da criatividade.
A divulgação com o objectivo da angariação de possíveis participantes pode ser feita por mim, ou por qualquer outra pessoa envolvida, uma vez que não existem balizas para além do gosto dos participantes pela fotografia. Podem enviar-me as nossas sugestões.
A sequência de entrada em cena dos participantes vai ser estabelecida por sorteio. Este sorteio vai ser fotografado / filmado e apresentado a todos.
O participante terá um prazo de uma semana para apresentar a sua fotografia com legenda e uma pequena biografia. Esta mini-biografia deve ser descontraída e não muito formal. (Mais ou menos 1000 caracteres com espaços).
Vamos parar entre o dia 28 de Julho e 1 de Setembro de 2024. Também nas duas semanas compreendidas entre os dias 23 de Dezembro de 2024, e 5 de Janeiro de 2025.
Esta iniciativa vai ter como apoio de divulgação o meu Facebook, porque já tem alguns anos de “rasto”, e um Instagram criado para o efeito. Quem não tem Redes Sociais deve informar.
Facebook: https://www.facebook.com/FaceJorgeBarbosa
Instagram: @cadavrefotografico
https://www.instagram.com/cadavrefotografico
O primeiro objetivo para além do nosso divertimento, será a criação de um documento PDF, com o resultado final desta iniciativa, ou a distribuição individual de um eBook impresso. A possibilidade de fazer algo utilizando o “crowdfunding” também será uma boa ideia, assim como uma grande exposição. Outras iniciativas poderão aparecer no decorrer do desafio, como aliás aconteceu com o “Cadavre Exquis” do Miguel Calado Lopes. Analisaremos, com a opinião de todos.
Como disse anteriormente, o objetivo desta iniciativa não é o lucro. Nesse sentido, os possíveis direitos de autor, no caso de se colocar essa questão no futuro, devem ser dispensados, uma vez que seria complicada a sua gestão com a participação de tantos autores. Mas isto já é futurologia! Foi o que aconteceu com os direitos de autor do livro “O caso do cadáver esquisito”, que se existirem, vão ser oferecidos a uma qualquer instituição de solidariedade.
Cumprimentos do Jorge Barbosa,